domingo, 10 de outubro de 2010

BRASIL TRI CAMPEÃO MUNDIAL!!!!!!!

Difícil foi antes da final. A campanha recheada de dramas se arrastou ao longo de 15 dias com lesões, troca de farpas, derrota de propósito, chuva de críticas. Nada disso entrou em quadra no domingo. Quando a bola subiu na Arena de Roma, o Brasil fez a decisão contra os cubanos parecer um treino de luxo contra juvenis. Sem medo de mostrar quem manda no vôlei neste planeta. Agressivos, vibrantes e impiedosos, os comandados de Bernardinho transformaram a valente seleção de Cuba em pó. Com 3 sets a 0 (25/22, 25/14 e 25/22), derrubaram os caribenhos, chegaram ao tricampeonato e esticaram sua dinastia em Mundiais. Desde 2002, ninguém tira o verde-amarelo do topo.

Brasil e Cuba Mundial Masculino de Vôlei

Acusado de perder para a Bulgária na segunda fase para escapar dos cubanos na terceira, o Brasil mostrou neste domingo que não precisava temer os rivais. Com mais uma atuação memorável de Leandro Vissotto, que também tinha sido o herói da semifinal contra a Itália, a seleção se impôs desde o início e não foi ameaçada em nenhum momento. Venceu como time grande que é.

Festa brasileira na Arena de Roma: a seleção brasileira é tricampeã mundial de vôlei. O terceiro título mundial consecutivo coroa uma campanha cheia de obstáculos: além das críticas pela derrota para os búlgaros, o grupo teve de lidar com o problema intestinal de Marlon, a lesão de Bruninho, a pressão da torcida italiana, e a superação de um grupo renovado, com alguns jogadores que nunca tinham disputado um Mundial.

A vitória deste domingo veio com um ataque pela ponta de – quem mais? – Vissotto, que fez 19 pontos. Quatro a mais que o jovem fenômeno cubano Leon, de 17 anos, autor de 15. Com a conquista garantida, os jogadores correram pela quadra, gritaram, pularam, choraram. Tiraram da garganta um grito que ficou engasgado durante duas semanas: tricampeão mundial.

- O Brasil jogou com lucidez, com controle. Foi um duelo de experientes contra jovens que viviam essa situação pela primeira vez. Soubemos controlar isso e dominamos a partida. Ficam muitas lições, só quem está aqui pode julgar o que passamos. Pressões, dificuldades, mas chegamos ao título, e o time mostrou que é sólido, guerreiro, focado e reage bem à pressão - festejou Bernardinho, em entrevista ao SporTV logo após a partida.



Vissoto Brasil e Cuba Mundial Masculino de Vôlei

Vissotto foi um gigante neste domingo. A incerteza sobre as condições de Bruninho acabou assim que o locutor da Arena chamou seu nome. Camisa 1, o levantador foi o primeiro a entrar na quadra. Mas quem começou brilhando foi o número 6, Leandro Vissotto. A exemplo da semifinal contra os italianos, o oposto brilhou no primeiro set. Com dois ataques seguidos, colocou o Brasil em vantagem de três pontos. Na primeira parada obrigatória, o placar mostrava 8/3.

Bruninho fazia cara de dor na metade do set. Parecia jogar na marra. Depois de um bloqueio que deixou o Brasil com 9/3, comemorou muito virado para o grupo de torcedores brasileiros na arquibancada. Vissotto continuava virando todas, mas agora tinha a companhia de Murilo e Dante. Cuba ainda esboçou uma reação no fim da parcial, com Hernandez soltando o braço no saque. Quando a vantagem caiu para dois pontos (21/19), Bernardinho pediu tempo para esfriar o rival. Deu certo. A Arena de Roma gritava por Cuba, mas foi o Brasil, após um ataque de Theo, que fechou o set em 25/22.
Os cubanos voltaram cometendo muitos erros. Com Murilo no saque, não conseguiam acertar o passe, e o Brasil abriu 4/0. Com 7/1, Orlando Samuels tirou o levantador Hierrezuelo e colocou Diaz, mas os vacilos não cessaram. O Brasil continuava com Vissotto inspirado. Giba, com seu bigode mexicano da sorte, jogava junto do banco. Orientava e não deixava os companheiros perderem a motivação. No fundo, nem era preciso alertar. A seleção jogava fácil.
Após a segunda parada técnica, a diferença era de seis pontos: 16/10. Bernardinho parecia gostar do que via e não reclamava como de hábito. Samuels parou o jogo quando o placar apontava 20/11 e o estrago já estava feito. Foi com um ataque de Vissotto o set terminou em implacáveis 25/14.
O terceiro set sugeria mais equilíbrio. Cuba parecia enfim acordar para o jogo e, pela primeira vez, teve uma liderança no placar. Mas a alegria caribenha durou pouco. Quando o Brasil passou à frente (7/6), Vissotto e Leon se desentenderam na rede. O oposto brasileiro chegou a colocar o dedo na cara do jovem cubano, que manteve a cabeça erguida. Murilo tentou acalmar os ânimos dos jogadores, mas o juiz interveio e encerrou a discussão. A vantagem verde-amarela se manteve apertada até a segunda parada, quando Bruninho e Vissotto resolveram encurtar o caminho para o título.
Ao fazer o 19º ponto, o oposto correu em direção ao levantador, e os dois comemoraram muito. A euforia era tanta que Bernardinho precisou pedir calma, principalmente ao filho Bruninho. Com 20/15 no placar, o técnico brasileiro fez a inversão do 5-1. Marlon e Theo entraram no lugar de Vissotto e Bruninho, mas quando Cuba cortou para 20/18, a alteração foi logo desfeita. Como nada poderia ser fácil na campanha, a seleção demorou a fechar o jogo. Murilo tentou, Lucão também, mas o último ponto tinha dono. Vissotto. Pelas mãos dele, num ataque pela ponta, veio o tricampeonato.

Naquele momento, não era mais preciso manter a cabeça no lugar. Após duas semanas, tinha chegado a hora da festa. Os jogadores correram pela quadra feito crianças. Bernardinho, ainda com as muletas e a expressão de alívio, abraçava quem estava à sua volta. Os campeões gritavam e tiravam tudo que estava guardado na garganta. Agora não há mais. O Brasil é tricampeão do mundo.

A ótima performance no Campeonato Mundial de Vôlei da Itália rendeu ao ponteiro da seleção brasileira Murilo o prêmio de melhor jogador da competição. Muito bem durante todo o torneio principalmente nos fundamentos de recepção e saque, o jogador foi muito aplaudido pelo público presente na Arena de Roma ao ter seu nome anunciado, logo após a final entre Brasil e Cuba.
Em quadra, o time verde e amarelo passou fácil pelos caribenhos, por 3 sets a 0 (25/22, 25/14 e 25/22), garantindo o tricampeonato mundial. Na partida, Murilo foi responsável por seis pontos.
Nas outras seis categorias de premiações individuais, o Brasil não conquistou nenhuma homenagem. Cuba, vice-campeã mundial, Rússia, Estados Unidos, Sérvia, Alemanha e Espanha tiveram representantes. A anfitriã Itália, quarta colocada no Mundial, não recebeu nenhum prêmio.

 
Premiações individuais:

Melhor atacante: Mikhaylov (Rússia)

Melhor bloqueador: Simón (Cuba)

Melhor sacador: Stanley (Estados Unidos)

Melhor líbero: Tille (Alemanha)

Melhor levantador: Grbic (Sérvia)

Maior pontuador: Pérez (Espanha)

Melhor jogador: Murilo (Brasil)

Fonte: Globoesporte.com

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