domingo, 27 de junho de 2010

A "VERDADEIRA" SELEÇÃO BRASILEIRA

Estamos todos voltados para a Copa do Mundo de Futebol, torcemos, enfeitamos ruas, casas, compramos bebidas e petiscos para, nos dias de jogos da seleção brasileira de futebol: SOFRERMOS; isso mesmo, essa é única palavra que encontro para traduzir o real momento do nosso futebol. Presenciamos uma equipe retrancada, fugindo aos padrões brasileiros, jogadores sem criatividade, sem garra, jogadores irresponsáveis (Felipe Melo - fora!!!!!) e o pior, um técnico ( no sentido amplo da palavra) descontrolado e mal educado, enfim, nada para nos contentar e comentar. Mas graças a Deus que temos o voleibol para torcer. Em um final de semana de jogos pela Liga Mundial, o Brasil deu mais um exemplo do domínio no voleibol Mundial. Com duas vitórias na casa da Holanda, assume até o momento a liderança do grupo.
Com o comando de um verdadeiro técnico, pois o mesmo assume a postura e convoca sempre os melhores, detem o controle da situação, tem uma comissão que trabalha junto, opinando e dando instuções decisivas, e tem coragem de substituir pensando no grupo e na vitória. Exemplo de hoje, quando perdíamos por 2 X 0, quando tira Giba e coloca Murilo. Daí em diante o brasil mudou a história do jogo virando a partida por 3 X 2. Assim podemos torcer de verdade, sabendo que temos a seleção com grandes peças e talentos e comandado por um excelente técnico. Siga a gora a história do jogo.
Vencer os dois compromissos contra a Holanda, em Roterdã, faria a seleção brasileira seguir viagem mais tranquila para as partidas contra a Coreia do Sul, no próximo fim de semana, pela quinta rodada da Liga Mundial. Do outro lado, a Holanda precisava da vitória para se manter com chances de classificação. Teve mais facilidade do que podia esperar, só não soube aproveitá-la. Neste domingo, o Brasil demorou a se encontrar em quadra, falhou demais e se viu muito próximo de ser derrotado por 3 a 0. Perdia o terceiro set por 12/9, iniciou uma reação e acabou arrancando das mãos do time holandês, no tie-break, um triunfo que parecia certo: 3 sets a 2 (parciais de 19/25, 23/25, 25/22, 25/17 e 15/10). Com as duas vitórias na Europa, a seleção segue na liderança do Grupo A.
O técnico Bernardinho optou por uma formação mesclando titulares e reservas. Marlon, Dante e Sidão, que foram fundamentais na vitória na partida anterior, saíram jogando. A Holanda forçava os saques para tentar desestabilizar o passe do adversário. Deu certo. As falhas na recepção brasileira facilitavam a vida dos donos da casa, que num piscar de olhos viraram o placar ao marcar seis pontos seguidos (14/9). Bruninho e Théo foram chamados para tentar fazer o ataque da seleção voltar a se encontrar. A diferença chegou a cair para dois pontos, mas os erros persistiram e custaram o primeiro set: 25/19.
Diante da fragilidade mostrada pelo Brasil, os holandeses aproveitavam para seguir ditando o ritmo da partida. Se o bloqueio brasileiro não funcionava, o deles se fazia presente. Se o saque não encaixava, o deles fazia estragos, principalmente com a passagem de Jeroen Rauwerdink no fim do set (23/19). Apesar da vantagem confortável, o time anfitrião permitiu que a seleção reagisse, passou sufoco com o bom desempenho de Lucão (24/23), mas fez 2 a 0 depois que Giba pisou na linha durante o saque: 25/23.
Bruno seguia reclamando da arbitragem. A essa altura, o Brasil precisava encontrar estabilidade emocional e também no ataque, para evitar uma derrota por 3 sets a 0. Quando o placar marcava 12/9, Giba deu lugar a Murilo. Começava ali a mudança de rumo. A equipe se empenhava, buscava motivação para sair da situação difícil. E conseguiu levar o jogo para o quarto set: 25/22.
Nele, o domínio foi brasileiro. A seleção subiu de produção, e os erros mudaram de lado. Na arquibancada, o silêncio da torcida refletia o momento de sua equipe, que passou a errar demais e acabou permitindo a decisão no tie-break: 25/17.
E o Brasil não deu chances para o adversário. Abriu 4 a 0 e viu o abatimento estampado nos rostos dos jogadores rivais. A Holanda tentava, mas tudo dava certo para o Brasil. Coube a Murilo o ponto que selou a vitória com um ataque pelo meio fundo, ele confirmou a vitória brasileira com uma medalha no peito do líbero holandês.

Nenhum comentário:

Postar um comentário